Terminologia: tradução e adaptação Haruka Nakayama Universidade de Brasília Brasil Resumo
Existem definições diversas para o termo TERMINOLOGIA e, conseqüentemente, é utilizada em contextos diferentes. Para MAILLOT, a terminologia é o conjunto de termos técnicos peculiares a uma ciência, a uma arte, ou ainda, a um indivíduo, a um grupo humano. VILELA conceitua a terminologia da seguinte maneira: "A terminologia (=ciência terminológica) é o estudo de uma das vertentes das línguas de especialidade. Os elementos essenciais da terminologia são o termo e a noção: o termo só é termo técnico se for enquadrado numa área ampla da tecnologia ou ciência, enquadramento esse que dá consistência ao valor nocional que transporta. É essa integração sistemática do termo técnico num domínio relativamente amplo que distingue terminologia de nomenclatura. A terminologia é também uma atividade prática, representando a ultrapassagem da terminologia artesanal, e ainda serve para designar os resultados dessa atividade, comumente expresso por terminologias" (VILELA, 1989). Neste contexto, o autor utiliza o termo CIÊNCIA TERMINOLÓGICA entre parênteses como sinônimo de terminologia. Logo em seguida, o mesmo autor emprega o termo ciência terminológica: "A ciência terminológica tem como objeto de investigação, por um lado, a descrição das noções; e, por outro lado, a apresentação dos termos, nos seus elementos, na sua formação, e ainda a maneira de representação dos dados terminográficos e o seu processamento por computador." O Dicionário de Lingüística (DUBOIS et alii, 1973) consigna o verbete TERMINOLOGIA com a seguinte explanação: "Qualquer disciplina, e, com maior razão, qualquer ciência tem necessidade de um conjunto de termos, definidos rigorosamente, pelos quais ela designa as noções que lhe são úteis: este conjunto de termos constitui sua terminologia." São duas as definições apresentadas pela Organização Internacional de Normalização (ISO, 1982) para o termo: a primeira define a terminologia como conjunto de termos que representam um sistema de conceitos em uma área específica; a segunda considera a terminologia um campo do conhecimento que trata da denominação de conceitos e noções de um campo específico ou de campos especializados. Neste trabalho, o termo terminologia será utilizado segundo a definição de M AILLOT (1975), isto é, como conjunto de termos técnicos peculiares a uma ciência, a uma arte, ou ainda, a um indivíduo, a um grupo humano. Quando alguém ou alguma unidade necessita de uma terminologia, normalmente existem as seguintes opções: a) já existe uma terminologia elaborada pura o uso desejado, b) existe a terminologia procurada mas numa língua estrangeira, c) não existe uma terminologia que atenda ao objetivo proposto. Quando já existe a terminologia que atenda à necessidade, não há razão para duplicar o trabalho. Basta utilizá-la ou, se for preciso, aperfeiçoa-la. No caso da inexistência de terminologia desejada, torna-se mister construir uma terminologia com os requisitos adequados. Havendo uma terminologia que se quer numa língua estrangeira, poderá traduzi-la em língua portuguesa para a posterior utilização. Nesta tarefa, não basta apenas traduzir. O trabalho de tradução deve ser complementado e completado com a adaptação necessária. Ao realizar as atividades de tradução e adaptação da terminologia, surgem vários problemas e dificuldades resultantes de um contato lingüístico e cultural entre duas civilizações distintas. Alguns antropólogos consideram o contato lingüístico como um aspecto do contato cultural; e a interferência lingüística como uma faceta da difusão cultural e aculturação (WEINREICH, 1974). Traduzir significa efetuar uma transferência lingüística do termo-fonte para termo-alvo, ou seja, da língua-fonte para a língua-alvo. "Língua-fonte é a língua que serve como ponto de partida quando um termo é traduzido para outro termo equivalente numa segunda língua (língua-alvo)." (AUSTIN, 1980:5). "Língua-alvo é a língua na qual um termo que foi inicialmente usado numa outra língua é traduzido." (AUSTIN, 1980:5). A problemática que surge nessa transferência lingüística pode ser sintetizada nos seguintes itens: a) equivalência exata entre o termo-fonte e o termo-alvo; b) inexistência de equivalência entre o termo-fonte e o termo-alvo; c) sinonímia no termo-fonte; d) sinonímia no termo-alvo; e) sinonímia no termo-fonte e no termo-alvo; f) homonímia no termo-fonte; g) homonímia no termo-alvo; h) cognatos e falsos cognatos; i) neologismo e neonímia; j) empréstimos; k) decalque. Estas questões foram analisadas dentro do Tesouro SPINES (SPINES Thesaurus: a controlled and structured vocabulary of Science and Technology for Policy-making, management and development), tendo como corpus os descritores e não-descritores constantes das trinta e quatro áreas deste tesauro. Tesouro SPINES foi publicado originalmente em língua inglesa, pela UNESCO, no ano de 1976. Posteriormente foi traduzido para a língua francesa e língua portuguesa, compondo uma versão trilíngüe, em forma de listagem de computador. Nesta versão trilíngüe, emitida pela UNESCO em 1982, estão reunidos oito mil termos descritores. Os termos descritores e não-descritores doTesauro SPINES estão estruturados dentro de um contexto semântico, organizado em trinta e quatro áreas, a saber: 1) Política; 2) Ciências Jurídicas; 3) Conhecimento e Filosofia; 4) Sociologia e Psicologia; 5) Economia; 6) Planejamento; 7) Tomada de Decisão; 8) Finanças; 9) Pessoal; 10) Educação; 11) Demografia; 12) Produção e Distribuição; 13) Agricultura; 14) Meio ambiente físico; 15) Pesquisa e Desenvolvimento; 16) Transferência de Tecnologia; 17) Informação; 18) Processamento de Dados; 19) Análise Estatística; 20) Matemática; 21) Física; 22) Química 1; 23) Química 2; 24) Biologia; 25) Medicina; 26) Astronomia; 27) Tecnologia 1; 28) Tecnologia 2; 29) Tecnologia 3; 30) História, Tempo e Espaço; 31) Geografia; 32) Países; 33) Organizações Internacionais; 34) Guerra e Paz. Em seguida, serão apresentados alguns comentários sobre essas questões, com os respectivos exemplos. Equivalência exata entre o termo-fonte e o termo-alvo. Ao traduzir um termo-fonte para um termo-alvo e se consigna uma equivalência exata entre esses dois termos, não apresenta quaisquer dificuldades ou problemas na tradução da terminologia. Essa equivalência exata pode ocorrer em diversos tipos de termos: termo simples, termo composto, termo abreviado e termo-sigla. Exemplos de equivalência exata nos termos simples:
Exemplos de equivalência exata nos termos compostos:
Exemplos de equivalência exata nos termos abreviados:
Exemplos de equivalência exata nos termos-sígla:
Inexistência de equivalência entre o termo-fonte e o termo-alvo. Alguns termos podem não encontrar seu termo equivalente para efetivar a tradução. Isto ocorre em alguns casos, tais como; quando na sociedade onde se usa aquela língua-alvo não existe o objeto em questão (o fato, o fenômeno, o objeto ou as características) e não usa o termo correspondente. Por exemplo, na língua inglesa existe o termo BARRISTER que é definido noBlack's Law Dictionary da seguinte maneira: "Barrister —in English law. An advocate; a counsellor learned in the law who has been admitted to plead at the bar, and who is engaged in conducting the trial or argument of cause." (BLACK, 1968: 204). A tradução correspondente para o termo BARRISTER seria: Advogado que atua junto aos tribunais superiores. Mas deixa de existir a equivalência como um termo. Outro exemplo é o termo GAME ANIMAL, utilizado na língua inglesa. Este termo não possui um termo equivalente na língua-alvo (língua portuguesa). A definição do termo GAME ANIMAL é: "animal que pode ser legalmente caçado ou perseguido por esporte ou para alimentação etc." (HOUAISS, 1982: 321), "Game animal: animal made legitimate quarry by state or other law." (WEBSTER'S, 1976:933). Sinonímia no termo-fonte A sinonímia consiste na existência de vários termos para exprimir o mesmo conceito (MAILLOT, 1975). Há vários tipos de sinonímia, tais como: sinonímia completa, sinonímia incompleta e quase-sinonímia. A diferença entre cada tipo está no grau de identificação de significados. Ocorre a sinonímia na língua-fonte quando um termo-alvo possui dois ou mais de dois termos equivalentes na língua-fonte. Exemplos de sinonímia no termo-fonte:
Sinonímia no termo-alvo. Um termo da língua-fonte possui como equivalente na língua-alvo dois ou mais termos sinônimos. A ocorrência da sinonímia na língua-alvo corresponde ao único termo-fonte, mostrando que a língua-alvo é mais detalhada em relação a este termo-fonte. Exemplos de sinonímia no termo-alvo:
Sinonímia no termo-fonte e no termo-alvo. A ocorrência da sinonímia na língua-fonte, e também na língua-alvo, é muito freqüente na tradução de terminologias. Dentre os termos sinônimos, deve-se eleger um termo e fazer o sistema de remissiva para os demais termos. Homonímia na língua-fonte. Há ocasiões em que existe homonímia nos termos da língua-fonte mas não acontece o mesmo com os termos da língua-alvo. Exemplos:
Neste caso, estes descritores homônimos da língua-fonte podem utilizar os qualificadores para evitar a ambigüidade. CRANES (BIRDS) CRANES (CONSTRUCTION) Homonímia na língua-alvo. Há ocorrências de homonímia na língua-alvo mesmo que não aconteça o mesmo fenômeno na língua-fonte. São os termos que não são homônimos na língua-fonte, mas ao serem traduzidos para a língua-alvo tomam-se homônimos. Exemplos:
Para evitar a ambigüidade, os termos homônimos devem ser apresentados com os qualificadores adequados. Exemplos:
A pesquisa mostrou a existência de multiplicidade de aspectos a serem considerados no processo de tradução de terminologia. Essa multiplicidade é o fator interdisciplinar que é exigido numa pesquisa, onde se faz necessário um estudo integrado entre a lingüística, Ciência Terminológica e Tradutologia. Referência Bibliográfica AUSTIN, D. & WATERS, J. Guidelines for the establishment and development of multilingual thesauri. Paris, UNESCO, 1980.85 p. il. p. 5. BLACK, H.C. Blacks's law dictionary. St. Paul, Minnwest Publishing, 1968. 1882 p. HOUAISS, A., ed. Dicionário inglês-português. Rio de Janeiro, Record, 1982. 925 p. MAILLOT, J. A tradução científica e técnica. Tradução de Paulo Rónai. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1975, 196 p. VILELA, M. "Editorial" in Terminômetro , 12(4):2, 1989. WEBSTER'S Third new international dictionary of the English language unabridged. Springfield. Wlass, G&C Werriam, 1976. 2v. WEINRICH, U. Languages in contact: findings and problems. The Hague, Mouton, 1974. 148 p. |
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Terminologia: tradução e adaptação
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Jesus Cristo é Senhor, ontem e hoje.
Aluizio de Abreu Marcondes, 2008
Vamos olhar a história e o que a Bíblia fala a respeito de Jesus Cristo ser o único Senhor dos homens e do universo. O que é, e o que significa ser Jesus, o Senhor, porque se não entendermos o que é ser Senhor não entenderemos a própria salvação. Hoje em dia qualquer um é chamado de senhor desde a pessoa mais simples até o mais exaltado cargo. No mundo antigo não era assim, havia a clareza para se reconhecer quem era o seu Senhor: César ou Jesus Cristo. Ou era negar a Jesus Cristo ou era morrer de forma cruel nas mãos do Império.
No tempo de Píndaro, um Senhor (kyrios no grego antigo) tinha a idéia de legalidade e autoridade, período de 522 a 443 a.C. E a palavra Kyrios + despotees tinha a idéia de dono com implicações de arbitrariedades. Esta palavra foi emprestada ao Hebraico, aparecendo nos Talmudes rabínicos e nos Midrash, também lembrando a idéia de dono.
Na Grécia, os deuses eram sujeitos as mesmas sinas dos homens e não eram deuses criadores e nem senhores. No oriente, os deuses são considerados senhores da realidade (destino). Podem intervir nas vidas humanas para salvar, castigar ou julgar comunicando-se com os homens através do rei, logo, esses são chamados de senhores. Kyrios passou a ser utilizado no mundo secular e apareceu a partir do sec. 1º A.C. com significado de senhor referindo-se a deuses e soberanos.
No período de 54 a 64 a.C., utilizou-se o termo Kyrios basileus para imperadores de maneira geral e quer dizer Senhor e rei. Em 12 a.C. Augusto, Imperador no Egito era chamado de “theos kai kyrios” - Deus e Senhor. No Egito, (Atos 8:27) Candace em 30 D.C., era chamada de “kyria basilissa” que significa “Senhora e Rainha”. Como Kyrios, também foram chamados os imperadores como Herodes Magno, Agripa I, Agripa II e Tibério.
Já Nero, reinando de 54 a 68 D.C., exigia que o chamassem de “ho tou pantos kosmou kyrios” que significa Senhor de todo o Mundo. E Domiciano 51 a 89 D.C., que foi um imperador muito cruel para com os cristãos, exigia que o chamassem de dominus et deus noster que significa Nosso Senhor e Deus.
Meus caros, esta era a realidade da Igreja primitiva, qualquer romano sabia a quem devia chamar Senhor e Deus, e, se este não fosse o Imperador, era ofensa mortal. Nós hoje não temos mais a profundidade deste significado de Senhor, qualquer um é senhor, é questão de respeito (educação dizem os mais antigos). Perdemos a dimensão da palavra e com ela o entendimento do significado do Senhorio de Jesus Cristo em nossa vida e a razão do porque Deus Pai O exaltou a ponto de dar ao Filho o Nome acima de todo Nome, que é Senhor. Filipenses 2:5 a 11, Apo.19:16, Atos 2:36, Rom. 1:4. Hoje as palavras tomaram outro significado, tanto quanto em profundidade, como largura, quanto a responsabilidade e força. Quando você diz: Jesus Cristo é o meu Senhor. Você sabe o que está pronunciando? Você está dizendo que Jesus é o seu Chefe, Rei, manda na sua vida, é o seu dono, patrão e proprietário, seu amo e você seu escravo por livre e espontânea vontade.
Será que é assim que vemos Jesus em nossa vida? Na Igreja Primitiva na maioria das vezes o povo não se convertia aceitando a Jesus Cristo como Salvador, mas reconhecendo-O diretamente como seu Senhor, a salvação era uma conseqüência. No N.T. Jesus Cristo como Senhor é apresentado 300 vezes e apenas 3 vezes como Salvador. Eles conheciam na íntegra o significado da palavra Senhor! Lembrem-se estamos falando do Senhorio de Cristo, isto não quer dizer que as pessoas hoje não estão salvas. O Poder da Cruz, que é o Senhor Jesus Cristo no centro de nossas vidas, reinando em nós, essa é a vontade de Deus Pai para seus filhos! Para a manifestação na vida de seus filhos. Amem.
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No período de 54 a 64 a.C., utilizou-se o termo Kyrios basileus para imperadores de maneira geral e quer dizer Senhor e rei. Em 12 a.C. Augusto, Imperador no Egito era chamado de “theos kai kyrios” - Deus e Senhor. No Egito, (Atos 8:27) Candace em 30 D.C., era chamada de “kyria basilissa” que significa “Senhora e Rainha”. Como Kyrios, também foram chamados os imperadores como Herodes Magno, Agripa I, Agripa II e Tibério.
Já Nero, reinando de 54 a 68 D.C., exigia que o chamassem de “ho tou pantos kosmou kyrios” que significa Senhor de todo o Mundo. E Domiciano 51 a 89 D.C., que foi um imperador muito cruel para com os cristãos, exigia que o chamassem de dominus et deus noster que significa Nosso Senhor e Deus.
Meus caros, esta era a realidade da Igreja primitiva, qualquer romano sabia a quem devia chamar Senhor e Deus, e, se este não fosse o Imperador, era ofensa mortal. Nós hoje não temos mais a profundidade deste significado de Senhor, qualquer um é senhor, é questão de respeito (educação dizem os mais antigos). Perdemos a dimensão da palavra e com ela o entendimento do significado do Senhorio de Jesus Cristo em nossa vida e a razão do porque Deus Pai O exaltou a ponto de dar ao Filho o Nome acima de todo Nome, que é Senhor. Filipenses 2:5 a 11, Apo.19:16, Atos 2:36, Rom. 1:4. Hoje as palavras tomaram outro significado, tanto quanto em profundidade, como largura, quanto a responsabilidade e força. Quando você diz: Jesus Cristo é o meu Senhor. Você sabe o que está pronunciando? Você está dizendo que Jesus é o seu Chefe, Rei, manda na sua vida, é o seu dono, patrão e proprietário, seu amo e você seu escravo por livre e espontânea vontade.
Será que é assim que vemos Jesus em nossa vida? Na Igreja Primitiva na maioria das vezes o povo não se convertia aceitando a Jesus Cristo como Salvador, mas reconhecendo-O diretamente como seu Senhor, a salvação era uma conseqüência. No N.T. Jesus Cristo como Senhor é apresentado 300 vezes e apenas 3 vezes como Salvador. Eles conheciam na íntegra o significado da palavra Senhor! Lembrem-se estamos falando do Senhorio de Cristo, isto não quer dizer que as pessoas hoje não estão salvas. O Poder da Cruz, que é o Senhor Jesus Cristo no centro de nossas vidas, reinando em nós, essa é a vontade de Deus Pai para seus filhos! Para a manifestação na vida de seus filhos. Amem.
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